Arquivo para setembro, 2010

Balinha de caixinha eu uma bolinha…

Posted in Saúde e bem-estar on 30/09/2010 by adrianatribal

Para além das evidências, as surpresas nos trajetos cotidianos, o inusitado no exercício da emoção. Experiências sensíveis, há quem delas insista em fugir… Como viver sem o condão que faz vibrar o acorde no centro do peito e que faz ascender a chispa até aquele ponto misterioso da mente que a razão não alcança, que nos eleva além do ponto? Na Lua Minguante (1/10), uma conversa com o silêncio, a leitura das raízes, temperos macerados no profundo. Abrir botões à flor de um olhar mais atento, tirar a camisa para receber o Sol que se aproxima mais e mais. Tempos fecundos, a primeira verdade no céu da boca: o canto das crianças derramando estrelas ao nascer, sementes luminosas que acordam o escuro.

Lua em Áries: um broto irrompe seu verde na semente, um clarão irrompe no escuro, uma gota límpida salta do oceano e fertiliza o ar, uma ideação inventa inventos e vai e vai e…

Correspondência inútil: Item moved to the trash.

Posted in Dos desvarios. on 29/09/2010 by adrianatribal

Ruminação:

Deixar-se à mercê do significado literal de mastigar.
Mastigar a vida. Alimentar-se dela.
Mastigar os sentimentos. Alimentar-se deles.
Mas de um jeito tão silencioso, porque não deseja dividir a trilha sonora
com desconhecidos nada interessados em conhecer o dentro do outro.
Ruminar somente com conhecidos de alma; com aqueles que se permitem exorcizar tragédias pessoais,
Das pequenininhas às devastadoras.
E dos que riem do outro, mas sem ofender ao próximo.
Dos que fazem certo charme, mas ficam por perto e confidenciam que,às vezes, cultivam fetiche pela felicidade.
Ruminando lonjuras quando tudo o que se quer – com o desespero dos silentes – é aquele abraço, nenhum outro. Nem ninguém.
E daí fazer bico, chutar parede que é pra doer mais o dedo do pé do que a alma, que deixou de querer ser amante da solidão enraizada.
Então, encher os olhos d’água, só porque, enquanto enxugava a louça, deu-se conta de que depois de um tempo – que nem dá pra contar, o coração deixou a aridez de lado e convidou a paixão pra dançar.
Matando a sede de viço. De vida. Dando de comer ao amor.

E às danças: pés descalços tocando o assoalho.”

Oito andares.

Posted in Dos desvarios., Não categorizado on 29/09/2010 by adrianatribal

Tudo bem… existiam outras formas de se separar…
Alguns cacos de vidro teriam podido, talvez, nos ajudar
Neste silêncio amargo, eu decidi perdoar
Os erros que se pode cometer quando se ama demais

Tudo bem… a criança em mim te chamava frequentemente…
E quase como uma mãe, você me cercava, me protegia
Eu roubei de você este sangue que não devia ser compartilhado
E ao fim das palavras, dos sonhos, eu vou gritar

Eu te amo!
Como um tolo, como um soldado
Como uma estrela de cinema
Eu te amo… eu te amo..
Como um lobo, como um rei
Como um homem, que eu não sou…
Veja só… eu te amo assim!

Tudo bem… eu confiei à você
todos os meus sorrisos e todos os meus segredos…
Mesmo aqueles que só um irmão é o guardião incofessável

E nesta casa de pedra, Santan nos olhava dançar
Eu queria tanto a guerra dos corpos que só se faziam a paz

Eu te amo!
Como um tolo, como um soldado
Como uma estrela de cinema
Eu te amo… eu te amo..
Como um lobo, como um rei
Como um homem, que eu não sou…
Veja só… como eu te amo!

Bisturis,não suturas.

Posted in S2 on 28/09/2010 by adrianatribal

“O começo foi muito bom. Mas depois, a coisa degringolou. Vi que os dias corriam diferentes quando a gente se escutava. Sempre um improviso. De repente Deus podia existir, seria legal se isso acontecesse. E isso parecia estar acontecendo. Mas logo acabei entendendo que só os bisturis conhecem o subterrâneo das pessoas. Acabei entendendo que os seres mais sofisticados também podem gostar de baladas de amor cantadas pelo Fábio Junior. Eu devia ter sacado que água oxigenada e carne-viva só convivem bem depois do primeiro minuto. Eu devia ter contado que quando era criança colocava ataduras ao redor do punho e da mão pra que os outros pensassem que eu havia me machucado e ficassem com pena de mim. Não sei que tipo de pessoa eu seria se não tivesse freqüentado escolas particulares. Não lembro de me ver crescendo. Quando dei por mim era isso, um homem que ama uma mulher. Tinha um inverno dentro dos tímpanos. E já tava tão cansado.”

(Leprevost)

Primavera.

Posted in Saúde e bem-estar on 27/09/2010 by adrianatribal

Marte de castigo no cantinho.

Posted in Saúde e bem-estar on 22/09/2010 by adrianatribal

Uma intensificação da força da vontade é uma das qualidades mais marcantes do período que vai de 22/09 (Hoje)
até 04/11, por ocasião da passagem do planeta Marte pela sua oitava
casa astrológica, Adriana. Desejos concentrados garantem a realização de
objetivos que lhe pareceram difíceis anteriormente.Este
ciclo também costuma ser favorável para a energia sexual, porque você
estará com uma aura “conquistadora”. Esta qualidade de conquista,
todavia, não se limita ao âmbito sexual, e se estende para seus
objetivos gerais.

Num sentido negativo, Adriana,
este trânsito pode significar também brigas por conta de questões
territoriais: você pode achar que estão tentando invadir seu espaço, e
rugir como um leão por causa disso! Marte costuma “pôr para fora” as
coisas guardadas, e este pode ser um período em que você briga muito.
Preste atenção, pois neste momento qualquer coisa que envolva
imediatismo está desfavorecida. Esqueça lucros rápidos e conquistas
“para já” neste momento. A idéia do trânsito de Marte pela Casa 8
envolve a percepção da importância estratégica.

Marte
“faz transbordar” os sentimentos e emoções que estavam ocultos na sua
alma, Adriana. É possível, neste período, que você venha a ter que lidar
com a parte mais sombria de sua própria natureza, tendo que encarar
seus próprios sentimentos negativos de raiva, inveja, frustração,
ressentimentos, etc. Todo ser humano tem estes sentimentos em algum
momento, e encará-los de frente demanda muito mais coragem e dignidade
do que escondê-los. Isso não significa que você deva “soltar tudo” neste
momento, a idéia é encarar este lado menos “bonitinho” de sua
personalidade, a fim de transformá-lo.

Tava no horóscopo e eu tenho que resolver em que dia nasci…………O.O

A lua empinando o copo.

Posted in Saúde e bem-estar on 22/09/2010 by adrianatribal

Esse trânsito indica contatos intensos com outras pessoas. As mais
profundas forças do inconsciente estarão influenciando nossas atitudes,
tornando difícil conter a impulsividade. Sentimento de culpa, ciúme,
possessividade, desejo de controlar as emoções dos outros – tudo isso
pode passar a nos dominar. Outra possibilidade é sermos alvos desses
sentimentos por intermédio dos outros. Os conflitos que surgirem durante
esse trânsito poderão revelar muita coisa sobre nossos processos
mentais se soubermos observá-los com calma posteriormente. Do contrário,
tais contatos terão sido apenas negativos.

Essa influência
astrológica costuma acionar forças inconscientes que influenciam nossa
percepção, impossibilitando a visão clara de nossos movimentos internos e
das situações em que estamos envolvidos. No entanto, se sentirmos uma
necessidade imperiosa de expressar algum sentimento, é melhor fazê-lo.
Reprimi-lo só serviria para dar a ele maior poder inconsciente sobre
nós.

Assim com em outros trânsitos de oposição da Lua, esse não é o momento para tirarmos conclusões.

Então uma semana não chega.
Tava no horóscopo

Piti Dutra.

Posted in Descobertas on 17/09/2010 by adrianatribal

karma, sincronicidade, perspectivas (ou a falta delas)

nos trouxeram aqui.
(um duelo, um romance… um transe!…)

somos pouco mais que bolhas de sabão, a chama de um fósforo…
um dente-de-leão…
(sopra…)

Esse meu loiro coração.

Posted in Dos desvarios. on 12/09/2010 by adrianatribal


Na terra do coração passei o dia
pensando – coração meu, meu coração. Pensei e pensei tanto que deixou de
significar uma forma, um órgão, uma coisa. Ficou só com-cor, ação –
repetido, invertido – ação, cor – sem sentido – couro, ação e não. Quis
vê-lo, escapava. Batia e rebatia, escondido no peito. Então fechei os
olhos, viajei. E como quem gira um caleidoscópio, vi:

Meu coração é um sapo rajado, viscoso e cansado, à espera do beijo prometido capaz de transformá-lo em príncipe.

Meu coração é um álbum de retratos tão antigos que suas faces mal se
adivinham. Roídas de traça, amareladas de tempo, faces desfeitas,
imóveis, cristalizadas em poses rígidas para o fotógrafo invisível. Este
apertava os olhos quando sorria. Aquela tinha um jeito peculiar de
inclinar a cabeça. Eu viro as folhas, o pó resta nos dedos, o vento
sopra.
Meu coração é um mendigo mais faminto da rua mais miserável.
Meu coração é um ideograma desenhado a tinta lavável em papel de seda
onde caiu uma gota d’água. Olhado assim, de cima, pode ser Wu Wang, a
Inocência. Mas tão manchado que talvez seja Ming I, o Obscurecimento da
Luz. Ou qualquer um, ou qualquer outro: indecifrável.
Meu coração não tem forma, apenas som. Um noturno de Chopin (será o
número 5?) em que Jim Morrison colocou uma letra falando em morte,
desejo e desamparo, gravado por uma banda punk. Couro negro, prego e
piano.
Meu coração é um bordel gótico em cujos quartos prostituem-se ninfetas
decaídas, cafetões sensuais, deusas lésbicas, anões tarados, michês
baratos, centauros gays e virgens loucas de todos os sexos.

Meu coração é um traço seco. Vertical, pós-moderno, coloridíssimo de neon, gravado em fundo preto. Puro artifício, definitivo.

Meu coração é um entardecer de verão, numa cidadezinha à beira-mar. A
brisa sopra, saiu a primeira estrela. Há moças na janela, rapazes pela
praça, tules violetas sobre os montes onde o sol se pôs. A lua cheia
brotou do mar. Os apaixonados suspiram. E se apaixonam ainda mais.

Meu coração é um anjo de pedra de asa quebrada.
Meu coração é um bar de uma única mesa, debruçado sobre a qual um único
bêbado bebe um único copo de bourbon, contemplado por um único garçom.
Ao fundo, Tom Waits geme um único verso arranhado. Rouco, louco.
Meu coração é um sorvete colorido de todas as cores, é saboroso de todos os sabores. Quem dele provar, será feliz para sempre.

Meu coração é uma sala inglesa com paredes cobertas por papel de
florzinhas miúdas. Lareira acesa, poltronas fundas, macias, quadros com
gramados verdes e casas pacíficas cobertas de hera. Sobre a renda branca
da toalha de mesa, o chá repousa em porcelana da China. No livro aberto
ao lado, alguém sublinhou um verso de Sylvia Plath: “Im too pure for
you or anyone”. Não há ninguém nessa sala de janelas fechadas.

Meu coração é um filme noir projetado num cinema de quinta categoria.
A platéia joga pipoca na tela e vaia a história cheia de clichês.
Meu coração é um deserto nuclear varrido por ventos radiativos.
Meu coração é um cálice de cristal puríssimo transbordante de licor de
strega. Flambado, dourado. Pode-se ter visões, anunciações,
pressentimentos, ver rostos e paisagens dançando nessa chama azul de
ouro.

Meu coração é o laboratório de um cientista louco varrido, criando
sem parar Frankensteins monstruosos que sempre acabam destruindo tudo.
Meu coração é uma planta carnívora morta de fome.

Meu coração é uma velha carpideira portuguesa, coberta de preto,
cantando um fado lento e cheia de gemidos – ai de mim! ai, ai de mim!
Meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado,
alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se
magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à
estrela Veja. Levam junto quem me ama, me levam junto também.

Faquir involuntário, cascata de champanha, púrpura rosa do Cairo,
sapato de sola furada, verso de Mário Quintana, vitrina vazia, navalha
afiada, figo maduro, papel crepom, cão uivando pra lua, ruína,
simulacro, varinha de incenso. Acesa, aceso – vasto, vivo: meu coração
teu.

(Caio Fernado Abreu, é claro)


Ne Me Quitte Pas.

Posted in Dos desvarios. on 11/09/2010 by adrianatribal


Para te ver
Dançar e sorrir,
Para te ouvir
Cantar e rir.
Deixe que eu me torne
a sombra da tua sombra,
A sombra da tua mão,
A sombra do teu cão.

 

YouTube – Ne Me Quitte Pas. Maria Gadu